2020: um ano para esquecer
Hoje me peguei questionando o motivo por ter tanto apreço por fotos dos pés. Sempre tive paixão por sapatos, mas o erro está no fato de esconder o rosto.
Ultimamente não tenho gostado muito do que vejo refletido no espelho. A expressão séria, as novas rugas, a falta do brilho no olho. 2020 nos negou muitas coisas, mas a mais visível delas certamente é o ânimo.
Aquela vontade de fazer valer a pena, sabe? Ela sumiu, junto com tantas outras coisas que gostaria de ter feito neste ano maldito. E eu que sempre desejei ter mais tempo para tantas coisas, ando a perder-me nas horas extras de um sono, que nunca parece ser o suficiente.
E como se não bastasse, este ano consumiu algo que eu havia conquistado recentemente: o espírito natalino. Eu antes de morar na Bélgica não gostava de Natal, agora esperava ansiosamente por este período mágico, que sempre teve o poder de transformar a atmosfera de Bruxelas.
Mas até isso o safado de 2020 levou embora. Ainda temos tempo de cancelar este ano? Fazer de conta que ninguém envelheceu enquanto mofava em casa?
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