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Chega de ser coveira!

Chega a ser divertido – mas nem tanto! – o fato de estar me mudando de novo, já deve ser a mudança de número 42. Nem faço questão de saber exatamente, para ser bem sincera eu já me perdi na conta. Bizarro é, cada vez que este “evento” torna-se necessário, ter que me desfazer de coisas e mais coisas.

No fim das contas acabam sendo tralhas, que vou guardando, coisas que pretendo ler ou usar depois…um cemitério de passado que ando carregando nestes quase trinta anos de estrada.

Tem um bom tempo que ando pensando em tudo o que carrego que me leva ao passado; o que me faz concluir que arrastar coisas “falecidas” é o que me atrasa a vida e me faz ter a eterna sensação de ser uma coveira, vivendo de momentos que não tem mais volta, como a morte. Do passado, concluo, só podemos carregar lembranças (e boas, que é para não estragar o dia ou a vida).

Nisso tem uma outra coisa que me incomoda: os ex-amigos. Sim, creia, todos temos ex-amigos. Amigos com quem perdemos o contato por percursos diferentes da vida, não são ex-amigos e sim amigos que ficaram no passados involuntariamente. O que tenho carregado, juntamente com um monte de bobagens que hoje estou colocando no lixo, é a tristeza de saber que tenho um monte de ex-amigos.

Pessoas que fizeram parte de momentos importantes de minha vida e que simplesmente não fazem mais questão de estar presente e participando da minha vida. Sei que em alguns casos tenho culpa, mas, na maioria, nem ao menos sei o motivo pelo qual determinadas pessoas afastaram-se de mim.

Pois então, assumindo declaradamente a “rebeldia” que minha mãe sempre afirmou fazer parte de mim, estou colocando no lixo todas as tralhas que carregava sem motivo e de brinde, algumas amizades que eu acreditava serem valiosas e que agora, por vontade destas outras pessoas, eu não tenho mais.

Se você é uma destas pessoas que afastou-se de mim por alguma atitude minha que não foi do seu agrado, deixo minhas desculpas e passe bem. Cansei de ser coveira de tralhas e para minha aposentadoria, enterro todas aquelas pessoas que não fazem mais parte da minha vida.

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