Estilo, Filmes

Vestidos do Oscar, de 1940 a 1950

24 fevereiro, 2015 , 0 Janina Stasiak

Vamos aos vestidos do Oscar da década de 40?

1940 – Vivien Leigh, pela atuação em Gone with the Wind (E o Vento Levou)

Coloquei duas fotos para que fosse possível ver o vestido por completo. O modelo com estampa de maxi flores e alças da eterna Scarlett O’Hara teve assinatura da designer Irene Gibbons. A designer iniciou a carreira desenhando modelitos para filmes, na década de 30. Particularmente, gosto do vestido escolhido por Vivien, é bonito, elegante e tem um certo glamour jovial.

Curiosidade: a atriz Vivien Leigh nasceu na índia, em 1913, quando o país ainda fazia parte do Império Britânico. A atriz britânica, com o sucesso do livro E o Vento Levou, sempre afirmou que interpretaria Scarlett O’Hara e chegou até assinar com o nome da personagem.

1941 – Ginger Rogers, pela atuação em Kitty Foyle

O vestido usado por Ginger é uma versão muito similar aos muitos desfilados nas últimas temporadas de moda, com tule transparente na parte superior e renda. Destaque para a sobressaia que confere um certo movimento ao vestido e às jóias utilizadas pela atriz. Também foi uma criação da designer Irene Gibbons.

1942 – Joan Fontaine, pela atuação em Suspicion (Suspeita)

 

Modelito bem curioso escolhido por Joan na premiação. A criação de I. Magnin & Co. consistia em um vestido preto de mangas longas com decote frontal V, com saia sobreposta de renda. Até aí tudo bem, não fosse o véu que saía na parte de trás da cabeça (preso por um arranjo de flores) e adentrava o vestido.

Curiosidade: a atriz, filha de britânicos, nasceu em uma viagem da família ao Japão. É a única atriz a ter recebido um Oscar por atuar em filmes de Hitchcock. Era irmã da também atriz Olivia de Havilland.

1943 – Greer Garson, pela atuação em Mrs. Miniver (Rosa de Esperança)

Greer também optou pelo preto. de autoria desconhecida, para a noite da premiação. Porém, um pouco mais tradicional, com modelagem bem adequada para a época. Com mangas longas, decote V com acabamento de renda, um tanto similar ao de Joan Fontaine, mas com um detalhe que realçava os quadris: peplum.

Curiosidade: a atriz nasceu na Inglaterra e na década de 40, recebeu diversas indicações ao Oscar. Após o declínio da carreira, foi viver no Texas com seu terceiro marido, até falecer na década de 90.

1944 – Jennifer Jones, pela atuação em The Song of Bernardette (A Canção de Bernardette)

O modelito criado pela designer Anita Colby usado por Jennifer na premiação em 1944 era ao mesmo tempo recatado e diferenciado. Em preto, tinha o diferencial de gola em tecido franzido branco com mangas brancas bufantes.Péssimo acabamento da blusa com recortes, detalhe dispensável até.

Curiosidade: a atriz americana Jennifer Jones venceu centenas de candidatas para o papel que lhe rendeu o Oscar.

1945 – Ingrid Bergman, prla atuação em Gaslight (À meia luz)

De autor desconhecido, o modelo de Ingrid era um tanto quanto simplório para a premiação que já começava a ganhar status de grande evento. De autor desconhecido, era nada mais que um vestido fechado preto, de mangas longas, sem decote e de comprimento midi.

Curiosidade: Ingrid foi uma atriz sueca que foi levada há Hollywood quando já era famosa em seu país. Ela é a mãe da atriz Isabella Rossellini, com o diretor italiano Roberto Rossellini

1946 – Joan Crawford, pela atuação em Mildred Pierce (Alma em Suplício)

A atriz optou por não participar da cerimônia de entrega do Oscar.

1947 – Olívia de Havilland, pela atuação em To Each Is Own (Só resta uma lágrima)

O tomara que caia, que tanto vemos nas premiações, foi a escolha de Olívia. Criação de Ann Lowe for Sonia Gowns, o modelo romântico combinou perfeitamente com a atriz. De saia generosa, tinha decote coração com acabamento em babado, além de pintura de flores exuberantes que vão da barra da saia até o corpete.

Curiosidade: a atriz que ainda é viva, nasceu em Tóquio e atualmente vive na França. É irmã da também atriz (já falecida) Joan Fontaine. Olívia e Joan são as únicas atrizes irmãs consagradas com Oscar de Melhor Atriz.

1948 – Loretta Young, pela atuação em The Farmer’s Daughter (Ambiciosa)

O look completo de Loretta peca pelo exagero. Criado pelo designer Adrian, responsável por muitos figurinos de filmes de Hollywood nesta época, o vestido confeccionado em tafetá verde tinha flores e aplicações de babados em destaque. Acompanhavam as luvas (ainda em dúvida se eram necessárias ou não) e um colar grande e chamativo, que bem poderia ter ficado em casa, fazendo cia para algumas das flores.

Curiosidade: o designer Adrian foi casado com a primeira vencedora do Oscar de Melhor Atriz, Janet Gaynor (leia mais aqui!) e foi o criador dos famosos sapatinhos vermelhos usados por Dorothy em O Mágico de OZ.

1949 – Jane Wyman, pela atuação em Johnny Belinda (Belinda)

Discreto, recatado e elegante, o vestido escolhido por Jane certamente serviu de inspiração para muitas noivas da época. Com mangas compridas, gola bem fechada e saia evasê, o modelo de criador desconhecido tinha como adorno apenas um pequeno colar. Simples e elegante.

Curiosidade: Jane Wyman foi a primeira esposa do também ator e ex-presidente americano Ronald Reagan. 

1950 – Olívia de Havilland, pela atuação em The Heiress (Tarde demais)

 

O modelo de autor desconhecido para receber a segunda estatueta por Olívia também era bem romântico. Com parte superior em branco e acabamento nas mangas curtas feito de flores aplicadas, tinha saia evasê de tecido bordado com flores. A presença de luvas  e longos mostra a fase de início da glamourização do evento.