A Gênesis do Exterminador do Futuro
Ano: 1984. Um Arnold Schwarzenegger, sem roupas, surge em uma bola de fogo e luz. Logo em seguida, ainda sem roupas, é impedido de cumprir sua missão – matar Sarah Connor – por um Arnold Schwarzenegger (?!?) mais velho que o primeiro, que simplesmente mata (!!!) a versão jovem de Schwarzenegger, que sai de cena com Sarah Connor (Emilia Clarke). Se você conhece o enredo do filme original, e ficou confuso e totalmente perplexo, acredite, você não é o único.
Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar Reese, é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança.
Resolvi ir ao cinema, ainda em julho deste ano, e rever T-800, a personagem Sarah Connor – não mais interpretada pela maravilhosa Linda Hamilton -, enfim, para ver como a franquia (são cinco filmes, contando com esse, quatro com Schwarzenegger) poderia continuar, 21 anos após o primeiro filme. Os robôs, ou melhor, os exterminadores, voltavam no tempo para matar Sarah Connor, e, posteriormente, seu único filho, John. Ele é o herói, o único capaz de acabar com a revolução dos robôs, que passam a exterminar os seres humanos existentes. Como falei, foram quatro filmes com esta mesma premissa, como diversos atores interpretando John Connor, e T-800 sempre aparecendo (no primeiro como vilão, nos outros já como mocinho).
Claramente percebemos que este filme é reboot da (desgastada?) franquia Terminator. São os mesmos personagens, mas com outra personalidade, com outra história. Como sabemos, para John Connor vir ao mundo, Kyle Reese (Michael Biehn em 1984, Jai Courtney na atual versão) precisa sair de 2029, ir para 1984 e… dormir com Sarah Connor. Se eles não fizerem isso, nada de John Connor! E fiquem com a ideia de que, em 1984, o próprio Reese nem tinha nascido!!!
Geralmente um reboot é realizado quando o filme ou franquia original não é bem sucedida (pensaram em Quarteto Fantástico, aposto!). No entanto, apesar de curtir o filme, senti como se tivessem tirado parte da minha infância, pois, claramente, os outros filmes, sua linha do tempo, foram zerados, para começar de novo.
No geral, é um filme interessante, e pode dar uma renovada na franquia. Claro, o que mais curti no filme foi o relacionamento afetivo de Papis e a heroína (carinhosamente chamada assim por Sarah, por ele ter criado ela nesta versão), seu envelhecimento (explicam o porquê de ele envelhecer), e rever Schwarzenegger “velho, mas não obsoleto”. Talvez o futuro reserve novos filmes, com ou sem ele. Mas é bom, para mim, saber que o filme de 1984 ainda existe, mesmo sendo velho, penso que ainda não é obsoleto.
Ficha Técnica
O Exterminador do Futuro: Gênesis (Terminator: Genesys, 2015, EUA).
Direção: Alan Taylor
Elenco: Arnold Schwarzenegger; Emilia Clarke; Jason Clarke; Jai Courtney; Dayo Okeniyi; Byung-hun Lee ; J. K. Simmons; Matt Smith
Gênero: Ficção Científica; Ação
Distribuição: Paramount Pictures
Lançamento: 2 de Julho de 2015( BR)
Related Posts
Sessão de Quinta: Mote para Insônia Sobre a falta de tempo para leitura