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Diário de estilo 10: como me visto e inseguranças

Reflexão sobre como me visto e inseguranças comuns durante a busca pelo estilo pessoal.

Próximo passo do livro The Curated Closet é sair da zona de conforto em relação a como me visto. Como a atividade exige uma certa programação, resolvi trazer para a roda um breve papo sobre insegurança na hora de escolher nossas roupas.

Preciso confessar que me considero detentora de uma auto-estima equilibrada e senso crítico apurado quando o assunto é como me visto. Nunca tive medo de vestir o que gosto, mesmo que fosse diferente de todos os outros. Talvez o fato de querer ter certas coisas que todos usavam na adolescência e não poder por questões financeiras tenha moldado esse meu caráter muito mais do que o “você não é todo mundo”.

Com o chapéu que toda vez que uso, ganho elogios!
Dos elementos que gosto de chamar atenção: sobretudo de couro e botas pontudas!

Mas o fato é que eu gosto de chamar a atenção, no bom sentido, de não ser igual a todo mundo na hora de definir como me visto. Adoro dar dicas de onde encontrar ou comprar aquilo que uso. Amo a sensação de ser avant garde e descobrir que algo que está na moda, você já uso há muito tempo. Não necessariamente que eu seja lançadora de tendências, mas gosto de inspirar de uma forma geral.

Capuz é uma das minhas opções preferidas do inverno, além do chapéu, pois não gosto de usar gorro.
Verão e eu uso quase só camisas!

Também sempre tive muitos amigos homens que sempre notaram elementos diferentes no meu jeito de vestir, algum detalhe como um piercing fake que coloquei na orelha, ou os brincos e anéis diferentes dos quais sempre estou em busca. Gosto também que se sintam a vontade para comentar sobre como me visto.

Mas eu tenho as (ou a) minhas inseguranças sobre como me visto

E aí entra o ponto que mais me incomoda nessa história. Infelizmente a vida não tem dress code definido, e apesar de não me incomodar em ser a diferente, eu não gosto de me sentir inadequada. Sabe uma festa que todo mundo está de vestido curto e você está de longo (e que não é seu casamento!). Pois é esse sempre o meu maior medo!

Apesar de gostar do look desse dia, o calçado foi uma opção desconfortável!
Um dos dias que passei muito frio e acabei doente porque estava vestindo roupas leves demais!
Dos básicos que amo: camisa…
…e camiseta!

E por esse motivo a forma como me visto geralmente é muito mais básica ou clássica do que qualquer outra coisa.

Isso inclui também escolhas erradas na hora de definir como me visto. Roupa demais para o calor, roupa de menos para o frio, calçado de salto alto quando você vai caminhar muito. Já fiquei severamente gripada por um frio que me pegou de surpresa, assim como já machuquei muito os meus pés por conta de uma caminhada longa, rápida e totalmente inesperada.

Mistura para aquecer e que apesar de ser meio incomum para mim, gostei de usar!

Finalizo sendo sincera: este é um aspecto que tem mais a ver com a minha personalidade (bem controladora, eu confesso), pois eu simplesmente detesto elementos que não possa controlar na minha vida. Mas isso já é assunto para terapia e estamos aqui para falar sobre a relação estilo x inseguranças.

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Post inspirado nesta postagem da @mourajo sobre o medo de ser julgado pelos outros pela forma como você se veste. Bem inspirador, vale muito à pena conferir!

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“Morro de vontade de me vestir assim, mas eu não tenho coragem de usar as coisas que você usa”. Nem sei quantas vezes eu já ouvi essa frase. Praticamente toda vez que eu posto um look alguém me fala isso. E essa frase me toca porque eu já fui essa pessoa que não usa as coisas que gosta por medo do julgamento do outro. Quando eu me desafiei a ficar sem comprar, eu dei de cara com esse medo. O desafio me obrigava a sair da minha zona de conforto e usar as minhas roupas de jeitos que eu nunca tinha imaginado e que sim, me davam medo. Usar camisa como vestido, vestido como saia, lenço como turbante, tudo isso me fazia diferente da norma e, portanto, alvo fácil do julgamento alheio. Às vezes eu saía com medo mesmo. Às vezes, eu chegava no trabalho e tirava o item diferentão da composição depois de ter recebido olhares estranhos no trajeto casa – escritório. Um belo dia, resolvi sair de chapéu. Tinha comprado um numa viagem, num momento de coragem desses que dá quando estamos longe do nosso habitat natural. Eu amo chapéu, mas morria de medo de usar no dia a dia. Resultado, o chapéu foi lindamente usado na viagem e lindamente esquecido quando voltei pra casa. Até esse fatídico dia. Sai de casa determinada a vencer o meu desconforto, mas bastou chegar no meu compromisso pra perceber alguém me olhando. Me senti imediatamente exposta, vulnerável, ridícula. Pensei em tirar o chapéu. Não deu tempo. Quando dei por mim, a pessoa estava vindo na minha direção. Antes que eu pudesse cavar um buraco e me enfiar dentro dele, ouvi: “Oi, eu amei o seu chapéu. Onde você comprou?” Respondi com um sorriso ainda encabulado: “comprei numa viagem”. A partir daquele dia o chapéu não teve descanso. De tanto usar, tive que aposentá-lo, mas sua ausência deu lugar a outros, de outras cores e modelos, tipo esse aí da foto. Mas esse dia me rendeu mais do que a confiança pra tirar o chapéu do armário. Ele me fez perceber que esses olhares alheios que tanto me aterrorizavam boa parte das vezes são olhares de admiração, de gente que tá só esperando um empurrãozinho pra ter coragem de ousar também. E você? Tem medo de usar o que?

Uma publicação compartilhada por Jojo (@mourajo) em

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Agora quero saber de você: quais suas inseguranças na hora de escolher o que vestir? Comente aqui!

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