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Funeral

“…não há palavras para explicar o que eu sinto. Só há dor em meu peito e a dor não se explica. O medo povoa o meu espírito e meu corpo treme a cada badalada do sino. O cortejo fúnebre me causava arrepios de horror, mas eu já não tinha forças para mudar o rumo dos meus passos que seguiam o caixão. A tristeza transbordava em forma de salgadas lágrimas que a tua morte transformava em amargas. A cada punhado de terra que era jogado sobre o teu caixão, maior era a minha vontade de morrer contigo. Naquele doloroso momento percebi que a vida não é nada além do que um ritual fúnebre à espera da morte…”

Janina Stasiak, 28/01/1997

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