Que droga!
Vivo tropeçando e batendo a canela. Já não sei mais de onde veio esse roxo que enfeita minha perna, na altura do joelho. Que droga!, ainda bem que eu estou de óculos escuros e ninguém pode ver que estou chorando.
Embaixo do chuveiro eu já posso soluçar. Concluo: nada é tão feio quanto parece, você não fez nada meu amor, mas porque eu não consigo parar de chorar?Que droga…
E ainda tem essa porcaria que eu não consigo tirar da minha mão. Devo estar estressada, só pode ser. Ainda bem que amanhã é feriado, não tenho aula e vou poder ler bastante. Não há verbo que eu goste mais de conjugar quando estou sozinha. Uma pena, será uma droga curtir isso sem teu sorriso a me vigiar.
E será mais um dia que eu vou dormir triste, porque o mundo não é do tamanho do teu abraço. Que droga!!!
Janina Stasiak, 30/10/2006