Flávio Basso, um dos ícones do rock gaúcho
Músico Flávio Basso, um dos maiores ícones do rock gaúcho e da música brasileira, morreu em Porto Alegre nesta segunda-feira, dia 21/12/2015.
Não desejo fazer aqui um atestado de óbito. Disso todos os jornais – e fico impressionada com a repercursão nacional sobre a morte de Flávio Basso ocorrida ontem – estão tratando. Quero aqui falar sobre o trabalho de um músico que sempre teve grande capacidade de nos divertir com sua irreverência.
Não o conheci pessoalmente, nem jamais o vi tocar ao vivo. Mas cresci ao som de sua voz, ouvindo músicas que vão muito além de sua produção como Júpiter Maçã, que é um de seus “codinomes” mais conhecidos como carreira solo.
Ontem quando voltamos do cinema, nas redes sociais a grande maioria das pessoas que mencionavam a morte de uma das figuras mais importantes do rock gaúcho, quase só fizeram referências à música Um lugar do caralho, certamente uma das composições mais famosas da carreira solo de Flávio Basso. Já eu me concentrei em tantas outras, algumas bem melancólicas, tristes ou apaixonadas, que gosto de ouvir até hoje!
E por isso estou fazendo este post. Para lembrar de um lado menos engraçadinho do músico e compositor. Para compartilhar o lado mais poético desse cara que se foi ontem. Algumas do tempo em que Flávio Basso era o front man dos Cascavelletes.
Sob um céu de blues
https://youtu.be/vyBVQOzGPK0
Jessica Rose
Lobo da Estepe
Estou amando uma mulher
Miss Lexotan 6mg, música da carreira solo, e que para mim serve como síntese do que são as suas composições: deboche, psicodelia, melancolia e até um pouco de romantismo.
Alguns versos:
“Quando o sol finalmente raiar e ela então ferrar
Quando o sol finalmente raiar e ela desmaiar
Tudo ficará positivamente mórbido…”
Quem era Flávio Basso
O cantor, compositor e cineasta Flávio Basso, nascido em Porto Alegre foi uma das peças centrais do rock do Rio Grande do Sul, a partir dos anos 80. Fez parte de duas das mais importantes bandas de rock gaúcho: TNT e Cascavelletes.
Como carreira solo, adotou os nomes Júpiter Maçã e Jupiter Apple (quando cantava em inglês), onde destacou-se por composições com elementos psicodélicos e experimentais. Seu primeiro disco solo, A Sétima Efervescência, de 1997 conta com músicas que até hoje são referência e inspiração para músicos de todo Brasil, como “Um lugar do caralho”, “Miss Lexotan 6mg”, “Eu e minha ex”. É considerado um dos 100 discos mais importantes da música brasileira.
Em sua carreira, são mais de 20 discos, entre coletâneas, álbuns com as bandas, álbuns solo, álbuns gravados ao vivo e um DVD gravado ao vivo no Opinião, em 2014. Morreu aos 47 anos, ao que tudo indica por falência múltipla dos órgãos, gerado por problemas como cirrose e drogas.
Eu e minha ex
https://youtu.be/MGBhWqS35cU
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Morreu realmente um ícone de todos outros do rock gaucho , que projetou o RS no cenario brasileiro e internacional levando a geniosidade irreverente desde o começo na banda Tnt , passando pelos Cascavelletes , até chegar a carreira solo, abrs e muito obrigado , cara , vc foi do caralho!abrs!