Arctic Monkeys lançou o álbum “The Car”. Você ouviu?

9 novembro, 2022 , 1 Janina Stasiak

Uma breve review do novo disco do Arctic Monkeys, “The Car”.

Quase como um presente de aniversário, uma das minhas bandas favoritas e ainda na ativa, o Arctic Monkeys lançou o álbum “The Car” em fins de outubro. E o sétimo trabalho de estúdio do grupo britânico surpreendeu apenas quem esperava algo de impacto, como o icônico AM lançado em 2013 (e que está na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, segundo a Rolling Stone).

Como espera-se de uma grupo em evolução, The Car está cheio de desvios e linhas de pensamento perdidas, conectadas pelos vocais ondulantes de Turner e uma orquestra sempre pronta como um brinquedo de corda esperando para ser despertado para a vida. Mas, como em seu (Tranquility Base Hotel & Casino, de 2018), quanto mais tempo você passa em seu labirinto, mais claros seus temas se tornam. Este é um álbum de amor, saudade e dúvida, e serve para reforçar sua crença central de que as verdades mais simples são as mais difíceis de descobrir.

Não vou negar que sou muito conectada com a sonoridade de músicas ao estilo de R U Mine, Knee Socks, Fireside e Do I Wanna Know?, mas digamos que eu meio que esperava essa maturidade que veio com o álbum novo. Afinal, fazer algo diferente, reinventar-se como o Arctic Monkeys vem fazendo é algo que só os mais talentosos tem coragem de fazer. Que o diga David Bowie.

Os objetos do fascínio das letras de Alex Turner neste novo álbum do Arctic Monkeys são nebulosos, tornando sua escrita ainda mais rica. Ele não está necessariamente de coração partido ou ferido, mas muitas vezes seus amores estão distantes ou fora de seu alcance. E ele trabalha em muitas linhas autobiográficas que podem facilmente se aplicar a um homem que está nos olhos do público há quase duas décadas. Mas assim que ele revela algo pessoal, Turner rapidamente se afasta do pensamento. Nada é concreto, e esse é um ponto chave de The Car. As coisas não são como parecem.

Pessoalmente, preciso confessar que fui conquistada já no teaser de There’d Better Be a Mirrorball. E se você tem um coração pulsante, dificilmente vai ficar imune a esta melodia que evoca uma dor de cotovelo que você nem sabia que existia.

Para encerrar, deixo vocês com esse music vídeo belíssimo, e a performance de Body Paint.