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Cura pelos Clássicos de Ficção: Os Maias, de Eça de Queirós

Um dos romances mais importantes da literatura portuguesa, Os Maias de Eça Queirós estava há anos na minha lista de leituras!

Décimo terceiro post-resenha de livro da serie Cura pelos Clássicos de Ficção.

Em termos de filmes e seriados, as produções de época (e que retratam períodos da história) sempre foram as minhas favoritas. E foi bem por isso que amei a minissérie “Os Maias”, exibida na Globo em 2001, baseada na obra do escritor português Eça de Queirós.

Por algum motivo eu não recordo do final da história, mas conhecia bem o enredo: a história trágica de uma família de aristocratas de Lisboa e a relação incestuosa de um casal de irmãos. Particularmente, eu li (entre escola e faculdade), outras obras do autor português: As Cidades e as Serras e O Crime do Padre Amaro. Ficou me faltando este, que terminei agora e já venho com a minha book review!

Sobre o autor: José Maria de Eça de Queiroz, ou apenas Eça de Queirós, foi um escritor e diplomata português. É considerado um dos mais importantes escritores portugueses de todos os tempos, autor de romances de reconhecida importância, como Os Maias e O Crime do Padre Amaro

Sofreu desde o seu nascimento com a rejeição da própria mãe, que só conheceu pessoalmente quando já tinha mais de 20 anos. E talvez por isso os problemas de relações familiares sejam elementos marcantes de suas obras.

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Os Maias, Eça de Queirós

Como quem segue um seriado de época, li este Os Maias ansiosa pelo final que me era totalmente desconhecido. Eu nunca tinha lido o livro, eu não me recordo de ter visto todos os episódios do seriado produzido pela Globo.

Mas antes de falar do fim, vamos ao meio. Eu realmente gostei do estilo de narrativa do livro: muitos detalhes, tornando possível visualizar cada cenário. Vi muito romantismo na forma em que as cenas são descritas, tudo feito com muita elegância e sutileza, sem um pingo de vulgaridade. Apesar das várias descrições de traições, apesar da obra ser caracterizada como realista.

O que era um pouco maçante eram as longas páginas debatendo sobre política, os poemas declamados no sarau replicados no livro por completo. É interessante como registro de época e cansativo para quem gosta de ver a história evoluir.

Eu li ansiosa para o começo do romance entre Carlos Eduardo e Maria Eduarda, eu sofri com o desenrolar da história. E é disso que são feitos os grandes clássicos da literatura, que de alguma forma sempre nos curam: emoções evocadas por histórias de vidas que nunca existiram, a não ser em nossa memória.

Sobre o final, não que não tenha gostado do desfecho que Eça de Queirós tenha escolhido para o destino da família Maia. Isso realmente não me importava, eu só queria saber como a história acabava. Mas em nenhum momento do desfecho sabemos dos sentimentos de Maria Eduarda após a revelação de que estava vivendo um relacionamento incestuoso.

Pode parecer bobagem, mas é algo que ficou em aberto, pelo menos no livro. Eu realmente queria uma cena a parte relatando a reação dela, apesar de quase toda a história ser centrada em Carlos.

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Este livro está disponível gratuitamente no site http://www.dominiopublico.gov.br/

Mas a Amazon BR tem algumas versões em capa dura bem bonitas que estou namorando!

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