Cronista da vida, das coisas e do mundo. Lifestyle, um pouco de tudo.

Mitologia

Mitologia #13: Vesta (Héstia para os gregos)

Mais uma biografia dos principais deuses da mitologia greco-romana, desta vez retratando a deusa Vesta.

Vesta para os romanos, Héstia para os gregos, é a deusa protetora do fogo e uma dos 12 deuses olímpicos originais. Primogênita de Cronos e Reia, ela era pura e pacífica. Porém, como sempre tinha que ficar em casa, cuidando do fogo, não se envolvia em muitos conflitos. Consequentemente, em um estágio posterior da mitologia clássica, ela foi substituída no Panteão pelo deus do vinho, Dionísio/Baco.

Seu culto foi difundido mais entre os romanos do que entre os gregos, e bem por isso os principais templos de adoração a esta deusa foram construídos por eles. Não eram grandes construções, mas dois templos similares foram construídos em Roma e Tivoli, e ainda é possível visitar as ruínas dos mesmos na Itália. Abaixo, algumas fotos.

— — —

Mitologia #13: Vesta (Héstia para os gregos)

Representação e simbolismo de Vesta

Existem poucas representações pictóricas de Vesta. Normalmente ela é retratada como uma modesta mulher de meia-idade usando véu. Às vezes perto de uma grande fogueira, carregando um cajado ou segurando algumas flores nas mãos.

Os gregos antigos não usavam muitos epítetos para descrevê-la. “Amada”, “Eterna” e “Ela do coração público” eram provavelmente os mais comuns.

Família de Héstia

Héstia foi a filha primogênita dos Titãs Cronos e Reia. Como ela também foi a primeira a ser engolida ao nascer por seu pai – e, consequentemente, a última a ser expelida – era muitas vezes chamada de a caçula. Ela tinha duas irmãs – Deméter e Hera – e três irmãos: Hades, Poseidon e Zeus.

A virgindade, a tranquilidade e a domesticidade de Vesta

Como o fogo é um elemento puro e purificador, Vesta era adorada como uma deusa virgem. Dizem que ela escolheu o celibato para manter a paz no Olimpo. Tanto Apolo quanto Poseidon queriam se casar com ela; temendo que a escolha de qualquer um deles pudesse resultar em tumulto, a deusa jurou virgindade eterna colocando a mão na cabeça de Zeus. Como recompensa por manter a ordem em lugar do casamento, Zeus a concedeu o lugar central da casa e a primeira e mais rica porção das oferendas divinas dos humanos.

Apesar de seu papel crucial na vida dos gregos antigos, Héstia é frequentemente negligenciada ou mal compreendida. Um equívoco comum é que ela era uma deusa menor, quando na verdade ela era um dos Doze Olimpianos originais. Sua importância é frequentemente subestimada, pois o fogo e o lar eram centrais na vida cotidiana dos gregos, servindo como local de encontro para as famílias e um símbolo de unidade.

Héstia, Príapo e o Burro

Apenas uma vez a castidade de Héstia foi colocada em perigo. Em uma festa rústica, o deus da fertilidade Príapo que estava bêbado tentou estuprar a deusa adormecida. Felizmente, um burro começou a zurrar e acordou Vesta e os convidados, que expulsaram Príapo por desacato. Desde então, os burros descansavam e eram enfeitados com guirlandas no dia da festa de Héstia.

Héstia e os Jogos Olímpicos

A lareira do santuário de Héstia em Olímpia desempenhou um papel crucial nos Jogos Olímpicos. Os atletas acendiam suas tochas com a chama sagrada de Vesta e as levavam de volta para suas cidades de origem, espalhando o espírito de unidade e esportividade.

Oferendas e culto de Vesta

Como a deusa do lar, Héstia era frequentemente homenageada com as primeiras e últimas oferendas em festas e sacrifícios. Essas ofertas geralmente incluíam vinho, óleo e porções dos animais sacrificados. As Vestálias eram as festas dedicadas a Vesta, que aconteciam em Roma durante a semana de 7 a 15 de junho.

O fogo sagrado, guardado no templo de Vesta em Roma, foi extinto em 391 DC. por ordem do imperador Teodósio na sequência da proibição da religião romana e da afirmação do cristianismo no império romano.

Héstia: abraçando o calor do fogo

À medida que exploramos o reino tranquilo de Héstia, a deusa guardiã do fogo, passamos a apreciar a importância de seu papel na vida cotidiana dos gregos e romanos antigos. A dedicação inabalável dela a seus deveres, bem como seu compromisso com a paz e a pureza, refletem a natureza essencial do fogo como uma força vivificante e purificadora.

— — —

Para conferir todos os posts sobre Mitologia, acesse o link para a categoria.

Fotos: Pinterest e arquivo pessoal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.