Pior que nada, eu!
E passei a me sentir tão miserável quanto jamais imaginei que pudesse ser. Eu tinha casa, mas não um lar. Tinha trabalho e, ao mesmo tempo, escravidão. Tinha saúde, mas minha alma sangrava.
Tinha amor e não sabia amar.
Tinha tudo e não conseguia ser nada, nem ao menos uma sobra miserável do que fui.
Então porque eu ainda doía, se eu não era mais? Porque antes de me doer, eu fazia dor aos outros. E foi aí que passei a ser pior que nada.
Pelo menos eu era alguma coisa.
Janina Stasiak, 05/02/2007