Vagando pelo universo
Nem todas as metáforas de amor e universo são suficientes para expressar o que sentimos um pelo outro.
A cada dia que passa, o amor aumenta, coisa que alguns acreditam não ser possível. Mas é.
Talvez porque esse amor nasceu em uma tarde gostosa e fria de setembro, quando o azul dos teus olhos me apresentou a sinceridade mais rica que já vi. Ou talvez porque só o fato de te ver já preencha a minha vida da mais linda felicidade que existe, a felicidade de quem ama. Ou talvez porque não existe nada mais gostoso nesse mundo do que fazer qualquer coisa junto contigo.
A impressão que tenho é de que já te conheço a mais tempo do que a idade do universo. De que antes que Deus supunha criar a humanidade, já fôssemos um só. E que a necessidade de aprendizado constante nos tenha feito dois, para que nos encontrássemos sucessivamente, por vidas e vidas. Algumas vezes irmãos, outras amigos, quem sabe até, pais e filhos.
Quando se aninhas em meu peito, feito criança de colo, tenho a impressão de que já foste meu filho. E de que o meu papel nesta vida é te defender de todo mal. Se pudesse, te colocava em uma redoma de vidro, a fim de te proteger dos nossos fantasmas. Sim, nosso passado não passa de fantasmas que vagam pelo nosso universo de felicidade, tentando quebrar, inutilmente, a magia de duas almas que foram separadas, antes que o mundo fosse criado por completo.
Deixemos que eles vaguem sozinhos. Podemos até ser amistosos com eles, para que descansem em paz. Nosso amor é maior e mais antigo do que tudo isso, eis a nossa força.
Nina, 09/05/2006.
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