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Rubem Fonseca e a imortalidade do escritor

Meu Adeus e Muito Obrigado ao escritor Rubem Fonseca, falecido hoje, 15/04/2020.

Jamais vou me perdoar por só ter conhecido a obra de Rubem Fonseca na minha vida adulta. Logo eu, que na adolescência trocava o sono pela leitura, que estudei Letras mais pelo encantamento que sempre tive pela literatura mais do que pela própria língua.

Mas talvez aí esteja o problema: infelizmente, ele não foi me apresentado na faculdade de uma forma eficiente. E eu tinha uns bons 20 e poucos anos quando me deparei com Bufo & Spallanzani, um dos livros mais fascinantes que já li em minha vida. Este romance policial e investigativo de 1986 virou filme em 2001.

Depois dessa descoberta, foi um caminho sem volta na obra de Rubem Fonseca, e ele passou a dividir pódio de favoritismo com Machado de Assis. Entre seus vários livros, gosto muito de Feliz Ano Novo (contos) e E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto. Mas ele tem muito material para lermos e irmos além disso.

Nascido em Minas, José Rubem (como se apresentava) viveu a maior parte da sua vida no Rio de Janeiro. Apesar de ser recluso e não dar entrevistas, o advogado e ex-policial considerava-se um glutão e ambos elementos serviram de influência para seus romances e contos.

Gosto da frieza com que sempre retratou a violência urbana, a simplicidade extremamente realista de muitos de seus personagens, a genialidade ao descrever cenários um tanto quanto viscerais. É triste pensar que ele se foi hoje. Mas consola-me o fato de que um grande escritor nunca morre: vive entre nós, eternizado em seus livros.

Infelizmente não tive como trazer na mala todos os livros físicos que tenho dele. Mas meus favoritos, e alguns ainda não lidos, tenho em e-book. A obra de Rubem Fonseca tem sido uma grande inspiração para o livro de contos que estou escrevendo, que pretendo lançar assim que conseguir abrir uma vaga entre meu excesso de ideias.

“Tinha muitas idéias na cabeça, e isso me atrapalhava. Os melhores conferencistas são aqueles de uma única ideia. Os melhores professores, os que sabem pouco.” O Caso Morel, Rubem Fonseca.

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