Fio branco
00h23 – 23/12/2010
Novamente estamos indo dormir mais tarde do que o habitual. Fiquei funcionando até agora à pouco. Sempre há muito o que fazer. Pena que nem assim consigo organizar o mundo. Não tenho tido sono, apenas cansaço. O calor do verão não leva embora apenas as mangas de nossas blusas, mas também o ânimo.
Em frente ao espelho, entre as cinco tonalidades de fios que minhas melenas sempre sustentaram, descobri um solitário cabelo branco. Ali permanecerá até que quede sozinho e morto. Ou até receber uma escovada mais tensa.
Não pretendo arrancá-lo ou tingi-lo, pois não me incomoda a velhice e sim a decadência. E este é o provável motivo de ter parado de fumar há exatos nove meses.
Mas fio branco aos 31 anos? Quem sabe isso me traga mais respeito, talvez agora me deem ouvidos. Ah, é óbvio que isso não vai acontecer, por um instante esqueci que Papai Noel não existe e detesto o Natal.
Boa noite, hora de carregar a bateria.
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